Um pouco do que vivi em Vitória (ES)

Nessa noite não durmi.

Chego e fico em um lugar na região metropolitana de Vitória, perto de uma UPA, que não tem atendimento oftalmológico, mas sou orientado a procurar o hospital que não me recordo o nome, que fica na capital capixaba.

Vou para o terminal de ônibus, ainda é muito cedo e acabo passando sem precisar pagar passagem.

Estou com muito sono e não consigo contemplar o trajeto, tiro longos cochilos e fico com receio de perder o ponto, mesmo assim no tempo certo estava atento e o cobrador me indicou onde deveria saltar.

 

Buscando por atendimento médico

Ao chegar no hospital dizem que lá não possuem vagas para essa especialidade,  me encaminham para outro, o São Lucas.

Encontro o local aproximadamente umas oito horas da manhã, mas atendimento só começaria a partir das dez.

Resolvo andar um pouco e conhecer a cidade.

Vitória do Espírito Santo e seus encantos

Só passei um dia em Vitória do Espírito Santo, mas aproveitei para visitar uma das igrejas católicas, a Catedral Metropolitana  que ficava próxima a orla, e um museu onde hoje funciona a casa do governador (Palácio Anchieta).

A Pedra do Penedo é fantástica! Não sei como ainda não a exploraram para rapel ou escalada.

A Catedral Metropolitana

Quem for à capital capixaba e quiser visitar a Catedral Metropolitana não vai se arrepender.

O local é muito espaçoso, arquitetura bastante rica em detalhes, e tem belos vitrais.

Havia apenas um vigilante que estava auxiliando uma mulher a retirar a decoração de uma formatura acontecida na noite anterior.

Fico um tempo sentado, descansando da viagem e tentando capturar detalhes da catedral.

Saio dali e passo em uma lanchonete, compro um café com um pão de queijo, sigo minha caminhada pela cidade com o objetivo exploratório.

Passo em frente a uma construção muito grande e bonita, e sou informado que é a casa do governador (ou antiga, pelo que entendi atualmente ele usa apenas o escritório e o quarto principal, quando a visita), o Palácio Anchieta, que ainda estava fechado, fico curioso e depois retorno para conhece-la por dentro.

Conhecendo o Palácio Anchieta

O lugar é magnífico!!!

Os móveis são muito antigos e bem preservados, a arquitetura da época e a organização do local nos faz de alguma forma reviver aquele período, mesmo nunca tendo estado lá antes.

Parecia ser bastante confortável, embora eu achasse que muita coisa fosse extravagante e exagerada, como os numerosos aposentos e o tamanho dos cômodos, duvido muito que fosse totalmente usada por seus antigos moradores.

Como a ideia de escrever para o blog não estava totalmente amadurecida acabo não fotografando, apesar da monitora te sugerido.

Voltando às questões de saúde

De lá retorno para o São Lucas, mas o médico me informa que eles só atendem emergências oftálmicas.

Ele  me orienta ir a outro (acho que era o Santa Luzia, não me recordo), chegando lá sou informado que para essa especialidade só conseguiria atendimento em alguns dias..

Como todas as minhas tentativas ali foram frustradas, resolvo ir para Minas Gerais.

Saio caminhando rumo à rodovia e, antes de chegar à BR acho a carona de um casal que me deixam em uma cidade próxima.

Eles foram supersimpáticos, me deram chocolate e na saída me ofereceram bolo, porém não pude aceitar pois não havia como parti-lo.

Foi um momento curto e muito bom, pois a conversa foi bastante agradável.

Eles disseram que a pequena cidade era de imigrantes europeus. A entrada era organizada, limpa e muito bonita, com plantas aparadas, verdes e algumas estavam até floridas. Fiquei com vontade de ter conhecido aquele lugar.

Próximo destino: Minas Gerais

Recebo outra carona para cidade próxima, não recordo o nome, mas a entrada também é muito bonita, não tanto quanto a anterior, que possuia até uma construção de madeira em sua entrada.

Depois de novamente ser deixado em outra cidade, que ficava a uns 15 ou 20 kilômetros dalí, consigo alguém que me leve bem próximo a Minas Gerais.

Passamos por muitos lugares interessantes. A própria BR do Espírito Santo, para mim, é muito bonita. A vegetação parece com a do sul da Bahia: verde, alta e que dá a impressão de querer invadir a pista.

Passamos por outras cidades que devido a arquitetura dos imóveis e organização logo se percebia que era de imigrantes.

Fico em um ponto de apoio para caminhoneiros na BR 262 (Rota 262), até chegar lá conversei bastante com o motorista.

Como ele conhecia  a região, me disse sobre curiosidades de alguns lugares, como as cidades em que há predominância de descendentes de pessoas de países europeus e um lugar em que existem épocas do ano que se contrata muita gente para se trabalhar em colheitas, não recordo o nome, foi em uma das cidades próximas desse lugar em que ele me deixou, mas afirmou que eram poucos meses, porém que os trabalhadores conseguiam acumular bastante dinheiro para passar por um longo período sem a necessidade de trabalhar.

Abaixo segue o local onde essa carona me deixou e eu fiquei aguardando outro carro para seguir viagem até Minas Gerais:

rota 262.png.jpg

InkedRota 262 local onde fiquei pedindo carona_LI.jpg
Imagens tiradas do Google Street View

Ele me deu um cartão que havia ganhado como promoção para banho e lanche, naquele mesmo lugar, eu agradeci.

Na viagem, um banho incomum

Nunca tinha visto um chuveiro como aquele.

O jato de água era terrivelmente forte.

As pessoas têm o costume de chamar umas às outras de bipolar por que não tiveram contato com aquele chuveiro.

Havia dois registros para regular a água e sua temperatura: um para água quente e outro para água fria.

Eu abri o primeiro, pois estava muito frio o tempo, e ela parecia sair das profundezas da terra de tão alta que estava a temperatura.

Para equilibrar eu abria um pouco a água fria, mas por menos que eu abrisse o jato ficava tão frio que parecia vir diretamente da Antártida.

Depois de muita luta consegui equilibra-lo e a experiência do banho foi muito boa, pois caia muita água.

Na pista estava tão frio que tive de usar umas três calças, três camisas e um blusão.

Fico até as duas da madrugada esperando um outro transporte.

Chegamos em Belo Horizonte umas 6 ou 7 horas da manhã.

16 comentários em “Um pouco do que vivi em Vitória (ES)

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    1. Isso mesmo, muito lindo os lugares que eu passei, porém só pude ficar lá por um dia. Essa aventura me levou para além das fronteiras do Brasil, se quiser acompanhar a história basta continuar seguindo as atualizações do blog 😉

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