Belo Horizonte – Parte III

Passava meus dias transitando entre as ruas.

Algumas vezes resolvendo alguma coisa, como quando fui procurar alguém para costurar minha mochila que estava com um rombo gigantesco devido ao peso em excesso que eu estava transportando; outras só conhecendo a cidade

Nesse dia achei em das galerias um local que realizava o serviço (Galeria do Ouvidor).

Ela é bastante conhecida e nela há uma grande variedade de lojas.

Galeria do Ouvidor
Fotografia interna Galeria do Ouvidor – Belo Horizonte

 

 

Galeria do ouvidor - Belo Horizonte
Galeria do ouvidor Belo Horizonte (Minas Gerais)

Optei por esse local pois se ofereceu em trocar o pedaço do tecido que estava danificado por uma tira de couro.

Achei mais eficaz, embora tivesse me cobrado um valor que considerei alto.

Fui pegar no outro dia e além de mais reforçado achei que o couro preto combinou bastante, nem parecia ter sido um reparo.

 

Belo Horizonte e suas curiosidades

Para mim, Belo Horizonte é uma cidade bastante boemia.

À noite os bares estão cheios de gente, houveram alguns eventos de música, acredito que rock e reggae, e os locais estavam bastante cheios.

Passei em frente a uma boate e havia uma fila grande esperando por entrar, a maioria das pessoas vestiam preto, fumavam e seguravam uma bebida.

Um aspecto que me chamou atenção foram às inúmeras lanchonetes populares existentes nessa capital.

Comprar pastéis é algo muito fácil, e na maioria delas os preços são bem em conta, como por exemplo três pastéis por três reais, ou três e trinta.

O pão de queijo também era encontrado muito facilmente.

Havia experimentado algumas vezes o “pão de queijo de minas” aqui na Bahia, mas o sabor e a textura não se aproximavam muito daqueles que experimentei na capital mineira. Eram muito saborosos.

Algo que não gostei muito foi um suco “detox”, pois imaginava ser algo doce, só que não colocaram açúcar, e mesmo depois que eu coloquei não achei que tenha ficado tão saboroso, mas estava bom.

As ruas são amplas e bastante movimentadas.

Muitas pessoas têm o hábito de fumar, notei que esse costume é comum na capital mineira.

Enquanto aqui na Bahia, nas cidades isso não é muito comum, lá é não é raro encontrar fumantes.

Outro ponto que não se deixa passar despercebido é a quantidade de moradores de rua existentes.

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Pessoas em situação de rua Belo Horizonte
Pessoas em situação de rua Belo Horizonte

 

Em uma esquina, alguns monumentos e em algumas ruas próximas à rodoviária é muito grande o número deles.

Mesmo em alguns bairros como o Sarvassi e nos parques pode-se encontrar facilmente pessoas nessas condições.

Acho que as instituições deveriam se mobilizar para dar a essas pessoas uma vida mais digna.

Fiquei um pouco preocupado e curioso, com vontade de perguntar onde conseguiam materiais e locais onde pudessem fazer sua higiene pessoal, mas acabei não questionando.

Na minha percepção, as fachadas dos prédios, o hábito de fumar das muitas pessoas, aquelas lanchonetes abarrotadas de gente exalando aquele cheiro de óleo frito, aqueles modelos de escoadouros de águas de chuvas, os modelos das grades e portas de metais dos prédios, bem como o revestimento em mármore de seus pisos e paredes me remetiam a um ar dos anos 90.

 

Fachada prédio
Fachada prédio Belo Horizonte

 

 

 

Porta de Metal
Porta de Metal – Edifícil Belo Horizonte

Algumas portas, principalmente as mais antigas, são feitas completamente de ferro, e por isso pesadas, além de muito grandes.

Abrir uma delas foi uma experiência nova para mim, tive de colocar uma força incomum. Isso aconteceu ao entrar no Museu da Moda, que não pude conhecer pois estava fechado ao público.

Outra curiosidade é que os semáforos em frente de alguns pontos turísticos possuem uma imagem que os representam:

Museu da Moda - Belo Horizonte
Museu da Moda – Belo Horizonte

 

Semáforo em Belo Horizonte
Semáforo em frente ao Museu da Moda – Belo Horizonte (Minas Gerais)

Outro positivo para os mineiros: respeitam a faixa de pedestres.

Quem vive em cidade do interior sabe que nem todos motoristas param para transeuntes atravessarem as ruas.

Várias vezes eu fiquei parado em uma faixa de pedestres sem semáforo esperando que o carro passasse, e eles aguardando que eu atravessasse.

Sempre paravam, mesmo que eu estivesse aguardando sua passagem direta.

Já havia experimentado cigarro anteriormente, uma ou duas vezes, outras desejei voltar a experimentar, mas passou rápido.

Lá tive novamente vontade de fumar, até comprei uma carteira de cigarro, mas quando lembrava da sensação e via a imagem no fundo do maço (até cobri com esparadrapo) logo desisti e a deixei em um lugar onde algum outro interessado o pudesse pegar (o que posteriormente achei errado e me arrependi, pois não era algo útil).

No geral as pessoas sempre se mostraram solícitas quando eu precisava de alguma informação, mas por três vezes tive algumas reações negativas.

Em uma delas fui questionar um rapaz sobre a localização de uma rua e o abordei com um bom dia, ele apenas respondeu e continuou seu trajeto, achei estranho e engraçado.

Abaixo seguem algumas fotos de duas igrejas que visitei (Capela Curial Nossa Senhora do Rosário e Igreja São José). Achei a arquitetura de ambas bem feitas:

Placa Capela
Placa Capela Curial Nossa Senhora do Rosário
Frente Capela
Frente Capela Curial Nossa Senhora do Rosário
Frente Igreja São José
Frente Igreja São José
Placa Igreja São José
Placa em frente a Igreja São José

 

 

Porta Igreja São José
Porta Igreja São José
Imagem interna Igreja São José
Imagem interna Igreja São José
Pintura Igreja São José
Pintura Igreja São José

 

No próximo post ainda continuaremos com o relato das minhas experiências em Belo Horizonte.

20 comentários em “Belo Horizonte – Parte III

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    1. Gostei muito de ter passado por lá.
      Depois que terminei a viagem foi que percebi ter perdido oportunidade de aproveitar mais. Mochilar realmente é muito bom.
      Tive muitos perrengues pois o objetivo principal da viagem foi a busca pelo diagnóstico de um problema oftalmico, e fiz tudo de ultima hora.
      Se você tiver oportunidade “mochile” mesmo, mas se programe bastante antes, e saiba que a probabilidade de acontecer imprevistos (bons ou ruins) existem, como em qualquer tipo de viagem. Obrigado!!!! 🙂

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  1. Bem legal a sua saga por Belo Horizonte, pelo menos aqui você já estava mais organizado.

    O problema dos moradores de rua está em todas as capitais, infelizmente…

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    1. Isso mesmo Sandro, eu já estava mais organizado.
      Também concordo com você, mas seria interessante que organizações da sociedade fizessem uma mobilização maior para tentar dar mais dignidade a essas pessoas que estão em situação de rua, e até mesmo outras em vulnerabilidade social.

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  2. Apesar de ser a capital do meu estado, ainda não conheço BH porque é bem longe de minha cidade. Mas pelo sua descrição notei alguns aspectos parecidos com aqui onde eu moro: cidade boêmia, cheia de barzinhos, além de ter uma lanchonete em cada esquina, com preços bem populares. Outra coisa: pão de queijo de verdade só aqui em Minas mesmo, em nenhum outro lugar é tão bom quanto aqui!

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