Belo Horizonte – Parte II

Uma coisa que não queria fazer mais fui obrigado foi pedir dinheiro ao meu pai.

Achei que poderia demorar muito mais tempo para que a empresa depositasse e então pedi um empréstimo (que acabei não pagando) a ele, e ele fez, embora tivesse alguns percalços devido a problemas no número da minha conta.

A busca por um hotel

Nesse mesmo dia recebi o outro valor. Aproveitei para procurar um hotel barato.

Antes mesmo de receber já havia começado minha busca.

Andei muito e passei por alguns que tinha luzes diferentes e mulheres nas portas dos quartos. Eu imaginava do que se tratava mas não tinha certeza, e pensava que poderiam haver outros quartos para pessoas que desejassem apenas se hospedar.

Perguntei na recepção o valor da diária do quarto e o rapaz me olhando um pouco estranho me passou os valores. Agradeci e me retirei.

Dei-me conta do que se tratava quando um rapaz foi direto comigo, perguntando qual era o meu real interesse, então notei do que realmente se tratava, pedi desculpas e me retirei.

Continuei andando e agora estava tentando negociar com o pessoal dos hotéis a possibilidade de fazer o check in sem realizar pagamento, mas deixando algum item com garantia. Fui em três ou quatro lugares e todas as respostas foram negativas.

Em um desses hotéis funcionava também um motel (na entrada só havia lido a parte “hotel” da placa).

Mais uma situação constrangedora

Cheguei imediatamente após um casal que aparentavam ter entre 38 e 42 anos, que estavam se organizando para pagar a conta da próxima hora que iriam passar no estabelecimento.

A voz dela era bem macia, com um certo “dengo”, e se oferecia para contribuir com dinheiro, chegando a pegar em sua bolsa uma certa quantia.

Ele olhava para ela como se quisesse fazer o ato naquele momento mesmo, e havia um volume anormal em sua calça. Foi engraçado e constrangedor ao mesmo tempo.

Assisti toda a cena quieto.

Quando eles se dirigiram para o quarto a recepcionista me orientou a pegar um elevador pois aquela parte era do motel.

Desci com recepcionista do hotel no elevador, que parecia ter notado meu equívoco e havia subido para acompanhar a situação.

Tentei negociar o check in sem pagar e tive a mesma resposta dos outros locais. Inclusive em um dos hotéis o recepcionista me disse algo que já tinha lido há algum tempo, mas esquecido: que hotéis não podem reter objetos pessoais de seus hóspedes como garantia para despesas.

Depois de muito andar voltei para a rodoviária e verifiquei que haviam depositado o valor que eu precisava para cobrir algumas despesas, incluindo os gastos com alojamento.

À noite retornei à minha pesquisa por um lugar onde eu pudesse ficar.

Em um dos locais que entrei fui informado de um a algumas quadras, fui até ele.

Enfim, encontro um local confortável

Inicialmente não simpatizei muito, porém depois de buscar mais achei que ele fosse adequado para minha estadia. Não era tão caro, e parecia limpo e organizado, o que logo mais foi confirmado, além disso o pessoal que trabalhava lá eram pessoas muito gentis.

Um dos pontos positivos era a comida servida no café-da-manhã, inclusio na diária: café, leite, achocolatado, pão, cachorro quente, queijo do serro, biscoitos, dois tipos de frutas, e bolo.

A água do chuveiro era excelente, caia um jato forte e era fácil regular para deixar na temperatura ideal.

Haviam alguns idosos que acredito morarem lá. Uma senhora me presenteou com o livro abaixo:

Livro Enxergando com Sabedoria
Livro Enxergando com Sabedoria

Haviam várias histórias pequenas e interesssantes, abaixo segue exemplo (escolhi esse devido ao tamanho ser pequeno):

 

Página do livro "Enxergando com Sabedoria"
Página do livro Enxergando com Sabedoria (Belo Horizonte – MG)

Gostei bastante do lugar, resolvi permanecer lá e conhecer um pouco mais da cidade.

 

16 comentários em “Belo Horizonte – Parte II

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  1. Nossa, não me imagino em situação tão constrangedora! Mas realmente, as reservas em hotéis são previamente marcadas, por vezes, se o hotel estiver cheio ( o que não duvido nada de BH) , mas em alguns ainda temos alguns estabelecimentos que fazem algumas gentilezas.

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    1. Achei a cidade muito legal, existem várias opções de lazer: teatro, parques, cinemas, restaurantes, eventos musicais, museus… e até conhecer o próprio centro de BH com suas várias lanchonetes e o modo de vida das pessoas de lá, a mairoria é tudo de graça.
      Se eu tiver oportunidade Belo Horizonte é um lugar para onde retornarei (de forma planejada).

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  2. São experiências fantásticas e quando alguém que se identifique ver uma matéria dessa forma, sem dúvidas recorda situações vividas dessa maneira.

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  3. Eu sou meio paranóico e sempre faço esse tipo de pesquisa meses antes. Mas já passei pela situação de procurar por vagas sem reserva e dei sorte, talvez por causa da hora da chegada.

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  4. Sua histórias são muito interessante, é cada situação inesperada. Eu não conheço BH, apesar de ser a capital do meu estado, fica mais longe da minha cidade do que São Paulo, que já visitei várias vezes. Mas tenho vários conhecidos morando em BH e parece ser um ótimo lugar.

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  5. É… já estou te acompanhando aqui há um tempinho e realmente são muitas aventuras… e em todos os sentidos… nem sempre muito “normais…ou tranquilas”… uso essas palavras por não achar outras…
    Sobre Bh… sou de perto aqui… e essa situação é fácil de se achar em qualquer outro lugar… ainda não me deparei com ela… e espero que não… No mais te admiro pelas viagens sempre cheias de surpresas e você sempre vendo algo de positivo nisso!!! 🙂

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